SOLIDARIEDADE

Ministro realça papel da Igreja nas causas sociais

O ministro da Segurança Social, Fernando Negrão, realçou em Bragança, o papel da Igreja como principal instituição na resposta a causas sociais no país. "Sem a Igreja, mais de dois terços da solidariedade em Portugal não se faria", afirmou o ministro, desvalorizando a controvérsia em torno das relações entre o Estado e as instituições eclesiásticas.

Fernando Negrão apontou como exemplo do apoio da Igreja "às grandes causas sociais" o centro comunitário que inaugurou em Bragança, integrado num projecto mais vasto do centro social e paroquial do Santo Condestável. Esta instituição dá apoio a mais de 480 utentes, com actividades que vão desde a ocupação dos tempos livres, a centro de dia e apoio domiciliário.

O projecto nasceu há menos de uma década com o lema "Mãe D’ Água, direito à cidadania", adoptando o nome do bairro onde está instalado, o mais populoso e problemático da cidade de Bragança, nomeadamente ao nível da pobreza e da exclusão social.

Os promotores pretendem agora construir um centro de noite para idosos, para dar resposta à solidão que afecta a terceira idade, uma faixa cada vez mais significativa da população no interior do país.

O ministro prometeu estudar um eventual apoio ao novo projecto e considerou que a resposta aos problemas sociais têm de partir cada vez mais de instituições particulares de solidariedade social e da própria família, embora sempre com o apoio da Segurança Social.

Fernando Negrão lembrou os incentivos do Orçamento de Estado para 2005 às famílias com idosos em casa, que vão poder descontar a nível fiscal como se estivessem a pagar a lares de idosos.

Disse ainda que é também intenção do Governo entregar outros serviços sociais a instituições particulares, nomeadamente jardins de infância, assegurando que essa transferência de serviços não implicará custos acrescidos para os pais.

Fernando Negrão chegou a Bragança na véspera do Conselho de Ministros para inaugurar cinco novos equipamentos sociais ou ampliações, mas sem novidades relativamente a novos investimentos.

 

Data de introdução: 2004-11-13



















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