PRISÕES

Maioria dos reclusos não tem visitas no Natal

Mais de 70 por cento dos reclusos portugueses em cumprimento de penas superiores a seis anos de prisão não recebem visitas no Natal, segundo um estudo que o Fórum Prisões realizou em três cadeias centrais.

De acordo com a organização de defesa dos direitos dos reclusos, um estudo elaborado através de consultas à população prisional de Pinheiro da Cruz, Vale de Judeus e Paços de Ferreira, "mais de 70 por cento dos reclusos portugueses em cumprimento de penas superiores a seis anos não recebem visitas, seja de familiares, seja de amigos ou voluntários".

"Uma das causas estruturantes para a reincidência criminal, na fase após libertação, é justamente a ruptura com os laços exteriores, para além da retracção do mercado de trabalho, por exclusiva responsabilidade da falência dos planos de reinserção social do Estado português", alega o Fórum Prisões.

A taxa de reincidência criminal, segundos números oficiais, é superior a 30 por cento, pelo que o Estado deveria "concentrar atenções, meios e energias justamente no ataque a este fenómeno, que em si mesmo se constitui como o caminho mais eficaz para o combate ao crime", acrescenta a organização.

"Demitindo-se desta função central, o Estado é objectivamente cúmplice dos índices de criminalidade, privilegiando acções ou de mera propaganda ou de repressão do crime a juzante, ignorando algumas das suas causas nucleares, uma das quais ocorre a partir do sistema penitenciário", critica o Fórum Prisões.

A associação adianta que apresentará ao Executivo emergente das próximas eleições um plano de acção destinado a "inverter o caminho irresponsável que tem sido seguido por vários governos".

 

Data de introdução: 2004-12-31



















editorial

REGIME JURÍDICO DO MAIOR ACOMPANHADO-Conclusões

Seis anos transcorridos sobre o novo regime jurídico do maior acompanhado e a mudança de paradigma que com ele se ambicionava, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade promoveu um colóquio que decorreu no...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Emudeceu-se a voz mais sonante e credível da fraternidade
Embora consciente de que “o Solidariedade” é um jornal isento de qualquer ideologia, de influências político-partidárias ou de qualquer proselitismo religioso,...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O apagão mal comunicado
O veredito dos cidadãos espanhóis e portugueses quanto à comunicação dos seus governos sobre o apagão é claramente negativo. Em Espanha, quase 60% dos...