O Presidente da UDIPSS de Lisboa coloca sérias reservas à forma como foi anunciada a intenção de oferta da gestão das casas de acolhimento de crianças em risco, feita pelo Ministro Fernando Negrão.
Para José Carlos Batalha, qualquer posição sobre esta matéria não deveria ter sido tomada sem uma prévia auscultação da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade:
“Em nosso entender, o Estado devia ter chamado a CNIS à mesa das negociações. Era uma forma de se poder ponderar os interesses em jogo, de auscultar a estrutura representativa das IPSS, e de estudar formas de passar a responsabilidade do sector em causa às instituições. Responsabilidades novas, acompanhadas de naturais compensações” – afirma o Presidente da União Distrital das IPSS do distrito de Lisboa, uma estrutura com mais de 500 associadas.
José Carlos Batalha acompanha o Presidente da CNIS na dura posição por este tomada a 27 de Janeiro:
“Subscrevo inteiramente as palavras do Cónego Francisco Crespo, quando este defende não deverem, as instituições, embarcar em aventuras. Há que pensar em tudo isto com calma, com serenidade” – sublinha Batalha, ele também membro da direcção da CNIS.
Acrescenta, a finalizar: “Nem sequer me refiro ao timing, ao facto de estarmos a poucos dias de um acto eleitoral. Tivesse o governo o tempo todo para governar, e as coisas deveriam ter sido feitas da mesma maneira, todos sentados à mesa, previamente, para conversar sobre o assunto”.
José Carlos Batalha prestou estas declarações em entrevista de fundo, a publicar na próxima edição em papel do mensário Solidariedade.
Data de introdução: 2005-02-11