A secção norte da Ordem dos Médicos alerta para os perigos do novo Estatuto dos Medicamentos, dizendo que retira competências aos médicos. O documento proíbe os clínicos de escolherem o medicamento mais adequado, permitindo às farmácias a escolha do genérico.
O presidente da secção norte da Ordem dos Médicos, lembra que o estatuto foi feito pelo Infarmed e avisa que caso o documento seja aprovado como está abre a porta à «central de compras das farmácias».
Pereira da Silva afirma que este novo estatuto do medicamento deixa os médicos à mercê da Associação Nacional de Farmácias: «Ao não deixar que o médico ponha o nome do laboratório na receita, não havendo uma central de compras do estado, ficamos à mercê da Associação Nacional de Farmácias».
Ordem contra introdução dos homeopáticos no Estatuto Em relação à legalização dos medicamentos homeopáticos, a Ordem dos Médicos deixa um outro aviso: estes remédios não são medicamentos, não têm que cumprir o mesmo tipo de requisitos e por isso nem deviam estar previstos neste novo estatuto.
«Os medicamentos homeopáticos não estão catalogados como medicamentos com eficácia clínica comprovada, não obedecem aos mesmos critérios que os outros medicamentos obedecem para ser comercializados, e não percebemos o que estão a fazer no estatuto do medicamento», avisa Pereira da Silva.
Data de introdução: 2005-02-28