O presidente da AMI, Fernando Nobre, parte para o Sri Lanka com o objectivo de criar uma instituição, com o apoio da igreja católica, que sirva de base ao desenvolvimento dos projectos que pretende implementar na região.
"Vamos ver junto da igreja [católica] e de médicos com apelidos portugueses qual a possibilidade de implementar uma instituição que tenha no nome as palavras Portugal e Ceilão", disse o responsável da Assistência Médica Internacional (AMI).
Fernando Nobre, que esteve durante 12 dias no Sri Lanka a seguir ao tsunami que devastou a ilha a 26 de Dezembro de 2004, volta agora para ver o andamento dos projectos já em curso, como o da construção de um orfanato em Magona e o das bicicletas com caixas grandes para que o peixe possa ser transportado para os mercados.
O médico da AMI prevê, nesta visita de dez dias, ver, também dois orfanatos e a construção de 50 casas que a instituição está a financiar, bem como a recuperação das traineiras destruídas pelo maremoto.
No programa está, ainda, a ida a uma comunidade na costa leste da ilha onde habita um padre de apelido português e onde se fala um dialecto com origem na língua portuguesa. "Sete dos 11 bispos episcopais do Sri Lanka têm como apelido “Fernando” e sabem bem da sua origem portuguesa", contou Fernando Nobre.
O presidente da AMI explicou que os órgãos sociais da instituição que pretende criar para desenvolver projectos de âmbito cultural, histórico, social e dos direitos humanos, serão compostos por membros da igreja católica e médicos cujo apelido seja português.
Neste momento, a AMI tem já no terreno equipas médicas em Magona e Berwala, a quem se vai juntar uma médica voluntária para reforçar a área de ginecologia-obstetrícia.
Data de introdução: 2005-03-01