MEDICAMENTOS

Combater excesso de receitas de antibióticos

A Comissão para o Uso Racional do Medicamento vai enviar aos médicos informação sobre os antibióticos mais adequados a cada caso, para contrariar o excesso de receituário. Armando Brito de Sá presidente da CURM esclarece que as recomendações, não normativas, deverão começar a chegar aos médicos antes do fim do ano, estando a Comissão já a planear uma iniciativa semelhante para os medicamentos destinados ao tratamento da hipertensão,

Em Portugal, afirma o presidente da CURM, "são prescritos antibióticos de gerações muito recentes e grupos de antibióticos que, provavelmente, não faz sentido serem prescritos". Embora a receita de um antibiótico possa ser entendida "como uma medida de segurança" por parte dos médicos, Armando Brito de Sá reconhece que "há escolhas alternativas que estão a ser efectuadas e que, do ponto de vista técnico-científico, seriam melhores se efectuadas de outro modo". Essa situação, ressalva, "acontece curiosamente em todo o sul da Europa" e "não tem paralelo" nos países europeus mais a norte.

A informação actualmente disponível sobre o perfil prescrição de antibióticos em Portugal é "abundante", "extremamente sólida e consistente", defende o presidente da CURM, e é precisamente este conjunto de conhecimentos que se pretende fazer chegar aos clínicos, de forma "tão clara e concisa quanto possível".

A informação sobre os antibióticos foi uma prioridade estabelecida pelo Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, e o objectivo da iniciativa da CURM é "facilitar o processo de prescrição, à luz da ciência e dos conhecimentos actuais".

É uma intenção que se aplica "rigorosamente a qualquer outro medicamento", frisa Armando Brito de Sá, pelo que a CURM elegeu já os fármacos para os problemas cardiovasculares como nova área de intervenção a curto prazo. Aqui, os problemas surgem sobretudo no tratamento da hipertensão arterial, "que frequentemente é submedicada", explicita o presidente da CURM. Além disso, há "uma plêiade enorme de fármacos no mercado", pelo que "é relativamente fácil um médico perder a noção de tudo o que existe", conclui o médico.

 

Data de introdução: 2005-05-07



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...