O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) recebeu uma representação do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), encabeçada por Célia Lopes, no decorrer de uma concentração em frente à sede da CNIS.
Em dia de greve e de manifestação, convocada pelo CESP, pela valorização das carreiras, aumentos salariais e valor pago em dia feriado, cerca de 200 trabalhadores de IPSS (número indicado pela PSP) concentraram-se em frente à sede da CNIS, entoando palavras de ordem, como “é justo e necessário o aumento do salário”, tendo uma delegação sido recebida pelo padre Lino Maia.
Segundo o líder da CNIS disse ao SOLIDARIEDADE, o encontro serviu para os trabalhadores colocarem “algumas questões que são compreensivas e importantes”, assegurando que “o ambiente é de confiança”.
As situações reivindicadas pelos trabalhadores integram há muito as preocupações da CNIS, tendo mesmo o presidente da CNIS, em recente audição parlamentar, informado os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social que “há IPSS que sentem grande dificuldade em recrutar técnicos superiores, mas também outro tipo de trabalhadores” e a razão é simples: “Os salários no Sector Social são mais baixos do que no privado”.
No entanto, “os trabalhadores têm alguma pressa em avançar com as negociações, mas nós estamos condicionados com a renovação do Compromisso de Cooperação e só quando o processo da cooperação estiver finalizado é que também podemos avançar com as negociações com os sindicatos”, argumentou o padre Lino Maia, que adiantou a convicção de que “até final de abril” o processo com o Governo estará finalizado.
Recordando que os recursos humanos têm um peso de 58% nas contas das IPSS, o líder da CNIS reforçou a ideia de que “as questões salariais estão dependentes do Compromisso de Cooperação para o Sector Social Solidário”.
“A receita é rígida, porque não há outras fontes de receita, e a despesa é fixa”, disse, lembrando ainda que, apesar de ser favorável à subida, “o aumento do salário mínimo nacional traz constrangimentos às instituições”, que não têm sido compensadas em sede de cooperação.
Pedro Vasco Oliveira
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