A unidade de saúde de retaguarda instalada no Centro Cultural de Viana do Castelo vai acolher utentes dos lares do distrito com testes negativos à infeção pelo coronavírus, disse o presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Alves adiantou que aquele espaço vai receber "utentes de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que estejam negativos e cujas instituições ou municípios não tenham capacidade de os acomodar com segurança", nomeadamente com o aparecimento de casos positivos de infeção nas instalações.
"Com a total colaboração da Camara de Viana do Castelo, foi possível encontrar uma solução que serve os interesses de todo o distrito e está apta a funcionar logo que haja recursos humanos para o efeito", referiu Miguel Alves.
Em causa está uma unidade de saúde de retaguarda, que, segundo a Câmara de Viana do Castelo, pode disponibilizar até 200 camas e está, desde abril, instalada no centro cultural da capital do Alto Minho.
O socialista Miguel Alves, que também preside à Câmara de Caminha, disse que "a Comissão Distrital da Proteção Civil já comunicou esta informação à Segurança Social".
Isto, "de modo a que a tutela tome conhecimento e providencie as equipas necessárias para o funcionamento do espaço".
Segundo Miguel Alves, o equipamento "tem 120 camas, algumas em 'box', outras em espaço partilhado, tem refeitório, salas de medicação e enfermagem, trajetos pré-definidos, enfim, a logística necessária para receber idosos e as equipas que as vão acompanhar".
Inicialmente esteve prevista a desativação desta unidade no final de outubro.
A Câmara Municipal e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), decidiram prolongar o seu funcionamento até final de novembro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.229 pessoas dos 106.271 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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