O cónego Orlando Mota e Costa, que foi o primeiro presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, faleceu, no dia 25 de novembro, aos 88 anos de idade.
O Cónego Orlando Mota e Costa foi eleito o primeiro presidente da União das Instituições Privadas de Solidariedade Social, no dia 23 de Maio de 1981, numa Assembleia-geral realizada no Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Porto. Foi presidente da Direção durante um mandato de três anos. No dia 17 de Novembro de 1984 passou para a liderança da Mesa da Assembleia-geral onde se manteve durante mais um triénio.
Quando era pequeno queria ser médico ou arquiteto, seguindo uma vocação artística que sentia nascer. Acabou por decidir ser padre, sendo ordenado, com 23 anos, por D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto. Trabalhou durante 13 anos nos Organismos de Ação Católica, foi coadjutor e depois assistente diocesano da Juventude Operária Católica e dos Organismos Rurais de Ação Católica.
Em 1969 foi nomeado pároco de S. Martinho de Cedofeita no Porto. Em 1996 foi nomeado membro do Cabido Portucalense. Presidiu à paróquia de Cedofeita até julho de 2015. Atualmente vivia na Casa Sacerdotal do Porto.
D. Manuel Linda, bispo do Porto, presidiu à Missa de Sétimo Dia no dia 1 de dezembro na Catedral do Porto.
Em entrevista ao Solidariedade, em novembro de 2007, o cónego Orlando Mota e Costa recordava o momento histórico em que assumiu a liderança da União das IPSS: “O Congresso das Instituições Particulares de Solidariedade Social realizado no Porto, em meados de 1980 por iniciativa de um grupo de Instituições, foi determinante na necessidade de se criar um Órgão aonde as Instituições se pudessem federar. Conhecer a realidade dos serviços sociais prestados, partilhar experiências e responder às novas carências sociais com serviços mais adequados, eram preocupações comuns. Após um ano, nascia a União das Instituições Particulares de Solidariedade Social e eu tomava posse como primeiro presidente da Direção.”
É também nessa entrevista que o cónego avalia o trabalho da então recém-criada CNIS: “Creio que a União tem conseguido acompanhar os desafios, projetos e problemas que têm surgido. Tenho uma boa impressão. Ultimamente estou mais distanciado, mas acompanho através da obra social da paróquia de Cedofeita. A CNIS é um sucedâneo normal do que se fazia. É um órgão forte perante o Estado e parceiros sociais. No princípio nós começamos a criar as Uniões Distritais que estão agora a ficar mais consolidadas. Demos sempre às Distritais uma grande autonomia e responsabilidade e já tínhamos a ideia de que a União era uma federação das Distritais. A CNIS tem respeitado este espírito. Sinto que não houve mudança de orientação, mas de nomenclatura. Estamos em bom caminho.”
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