A CNIS alerta para o impacto do aumento do salário mínimo nacional na tesouraria das IPSS e espera que “ainda este Governo” tenha “isso em atenção”.
Em entrevista à Rádio Renascença, no dia 8 de dezembro, o padre Lino Maia lembrou que, por causa da crise política e com as eleições no final de janeiro não haverá "uma adenda assinada para atualizar as comparticipações do Estado" antes de meados do próximo ano.
Nesse sentido, o presidente da CNIS revelou estar a dialogar com o atual Executivo de forma a evitar problemas de tesouraria.
“Espero que ainda este Governo, ou um próximo que entre, possa ter uma atenção para com este sector, até porque já em janeiro nós temos que atualizar os vencimentos dos trabalhadores”, e o “salário mínimo, cuja atualização nós apoiamos, tem um impacto muito grande nas instituições”, referiu.
O presidente da CNIS reforçou a ideia de que “ainda este governo, ou então o próximo logo que tome posse, possa destinar um reforço às instituições, porque em janeiro já têm um aumento muito significativo de custos na massa salarial”.
O padre Lino Maia recordou que “40% das instituições chegam ao final do ano com resultados negativos” e que “a massa salarial representa entre 60% e 70% dos custos das instituições”.
Por isso, antevê “grandes problemas” financeiros por causa da “atualização do salário mínimo, que surge depois de um dezembro em que tivemos despesas acrescidas com o pagamento do décimo terceiro mês”.
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