Foi com a convicção de que valeu a pena passar dois dias a discutir «As IPSS nas Políticas Sociais» no VI Congresso CNIS que os participantes deixaram Viseu, após uma dupla jornada frutuosa e enriquecedora.
Por entre bons exemplos de respostas sociais inovadoras, mas também de constrangimentos ao trabalho de quem está no terreno, no segundo e último dia de trabalhos ficou a convicção que um Estado Social para ser forte tem de ter um Sector Social Solidário forte e autónomo e para isso, numa cooperação que se quer parceria efetiva, é necessário haver confiança.
“Não podemos partir do princípio que os outros vão prevaricar, pelo que é preciso mudar esta forma de pensar”, sustentou Catarina Marcelino, vice-presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), completando: “O Estado tem que ser regulador aceitando que os outros cumprem e quando houver fiscalizações, então, vê-se se estão a cumprir”.
No painel que participou a «vice» do ISS contou ainda com Alfredo Cardoso, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Sociais, Patrícia Seromenho, vogal do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, e Pedro Mota Soares, antigo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que a propósito de fiscalizações disse: “No atual modelo de cooperação, o Estado financia e regula o Sector Social Solidário, mas precisamos de passar para um modelo de efetiva parceria”.
O VI Congresso CNIS contou, no encerramento, com a presença de Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, que reforçou a ideia da necessidade de haver confiança entre as partes, e ainda, através de uma mensagem audiovisual gravada, do primeiro-ministro António Costa.
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