As Caraíbas - que inclui países como a República Dominicana, Barbados,Trindade e Tobago, Jamaica e Cuba - é a segunda zona do mundo mais afectada pela doença. No entanto, conseguiu estancar o contágio e manter os números de 2003 - 300 mil pessoas infectadas e 30 mil novos casos por ano. Uma evolução que é, para a Onusida, "motivo de optimismo moderado", resultado de medidas como "o aumento do uso de preservativos em trabalhadores do sexo, aumento dos testes aos HIV e mais aconselhamento".
Melhorias que não chegaram para contrariar os trágicos números globais. No ano passado, 4,9 milhões foram contagiados e estima--se que tenham morrido 3,1 milhões de pessoas. Destas, 500 mil eram crianças.
Moçambique destaca-se neste relatório pelas piores razões e mostra que "o pico ainda não foi atingido". O nível de contágio "cresce de forma alarmante", com uma taxa de prevalência a subir de 14 para 16% em apenas dois anos, conforme divulga o DN.
Mas o HIV/Sida não é um problema exclusivamente dos países em desenvolvimento. Na Europa Ocidental e na América do Norte a doença está longe de ficar controlada. Se os tratamentos permitiram prolongar a vida dos infectados, alguns países como Portugal vêem aumentar os comportamentos de risco.
O aumento da oferta de anti-retroviral permitiu trazer melhorias, evitando entre 250 e 350 mil mortes este ano. Tudo porque, desde 2003, os medicamentos chegaram a mais um milhão de pessoas que antes não teriam forma de os obter, porque vivem em países de rendimentos baixos.
Mas há ainda muito para fazer. Menos de uma em cada cinco pessoas em risco de contrair o vírus tem acesso a programas básicos de prevenção e apenas uma em cada dez já infectadas tem acesso às análises que permitem saber da infecção.
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Data de introdução: 2005-12-07