Voluntários e sem-abrigo num Natal de todos os dias

Cerca de 2400 pessoas sem-abrigo e 700 voluntários participaram na 17ª Festa de Natal promovida pela Comunidade Vida e Paz (CVP), realizada pelo 4º ano consecutivo na cantina da Cidade Universitária de Lisboa. 

Com início na Sexta feira, dia 16, a Festa de Natal dos sem-abrigo foi um espaço de reunião e convívio destas pessoas com os voluntários que, ao longo do ano com eles trabalham, e onde era ainda possível assistir a algumas actuações musicais. 

Durante estes três dias “foram distribuídas «toneladas» de roupa, oferecidas por diversas instituições e particulares, um lanche à entrada e outro à saída, e dois jantares”, disse à Agência ECCLESIA, Paulo Saraiva, voluntário da CVP há 15 anos e actual membro da Direcção da referida Comunidade. 

A Festa de Natal daqueles que normalmente moram nas ruas terminou ontem, Domingo, com a celebração de uma missa presidida por D. Tomaz da Silva Nunes, Bispo Auxiliar de Lisboa. A estes homens e mulheres o Bispo Auxiliar dirigiu uma palavra de alento, salientando que “Deus não quer que nos resignemos quando estamos numa fase má da nossa vida”, relatou Paulo Saraiva. “Temos de lutar no sentido de alcançar alguma coisa melhor”, acrescentou.
Após a Eucaristia foi ainda distribuída a habitual «Prenda de Natal», que este ano constava de um saco com “peças de roupa interior, saco-cama, e um cartão telefónico da Portugal Telecom”, referiu aquele voluntário. 

Ao longo do ano a CVP faz sair à rua, todas as noites, duas carrinhas com distribuição de alimentos, e segundo dados fornecidos por Paulo Saraiva, “até Novembro é feita a distribuição a cerca de 118 mil pessoas, o que faz uma média de 360 pessoas por noite”, referiu. 

A Comunidade Vida e Paz é das instituições, entre outras, à qual podem recorrer aqueles que querem encontrar outro caminho, que não o da rua. Fundada no final dos ano 80 por um grupo de católicos, liderados pela Irmã Maria Gonçalves Martins, esta comunidade possui centros de apoio em Lisboa, Mafra, Venda do Pinheiro e Fátíma, e centros de reinserção em Leiria e Damaia, para além de uma casa de idosos em Mafra. 

Fonte: Agência Ecclesia

 

Data de introdução: 2005-12-29



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...