O concelho da Batalha vai ter em funcionamento, ainda este mês, um sistema de "farmácias sociais", destinadas a apoiar no fornecimento de medicamentos as famílias carenciadas do Município.
O sistema apresentado pelo presidente da Câmara Municipal local, António Lucas, assenta na criação de centros de recolha de medicamentos que já não sejam utilizados pelos munícipes, mas que estejam ainda dentro do prazo de validade.
Estes medicamentos são, depois, encaminhados para duas farmácias do concelho, que confirmarão a validade dos mesmos e os colocarão em novas embalagens hermeticamente fechadas, por forma a poderem ser entregues gratuitamente a utentes carenciados que deles necessitem.
A entrega é feita mediante a apresentação de receituário emitido pelos médicos do Centro de Saúde da Batalha - conjuntamente com uma ficha que identifica o utente como beneficiário do sistema.
Para que funcione, o sistema assenta numa rede informática que, além de conter os casos de pessoas com carências já sinalizadas, informa quais os medicamentos entregues por munícipes que existem disponíveis nas farmácias.
Segundo Carlos Agostinho, chefe de gabinete do presidente da autarquia, o projecto tem "uma dupla função": evitar os desperdícios de medicamentos que estão ainda dentro dos prazos de validade e "ajudar principalmente os pensionistas do concelho que, em muitos casos, estão na franja da pobreza".
O projecto só abrangerá pessoas que estejam "efectivamente em carência económica", nomeadamente os beneficiários do Rendimento Social de Inserção ou que recorrem a ajudas dos serviços sociais e que são mais de uma centena já sinalizadas.
O sistema vai abranger as quatro freguesias do concelho - Batalha, Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede -, envolvendo todos os parceiros do Conselho Local de Acção Social local.
14.03.2006
Data de introdução: 2006-03-23