DESEMPREGO

Apoio de família e amigos é fundamental

Um estudo sobre desemprego e sobreendividamento revela que as redes informais de solidariedade, nomeadamente a família e amigos, são essenciais na sustentabilidade financeira
perante a perda de emprego.

O estudo do Observatório do Endividamento dos Consumidores analisou a situação de cerca de meia centena de desempregados de duas empresas industriais de Coimbra e de Gaia com dívidas de crédito, e concluiu que a maior sustentabilidade financeira ficou a dever-se a uma "forte mobilização das redes informais de solidariedade, que funcionam sobretudo de forma espontânea, através da dádiva de géneros alimentares e apoio monetário ocasional".

Associado a este factor, a pesquisa apurou também "uma forte capacidade de mobilização individual, expressa pelo recurso a poupanças acumuladas e a actividades profissionais de substituição, bem como a forte restrição do consumo e uma gestão ainda mais controlada do orçamento familiar". "Surpreendeu-nos a força das poupanças pessoais e das redes informais de apoio social", afirmou aos jornalistas Catarina Frade, investigadora deste observatório do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Os sobreendividados revelaram "uma maior vulnerabilidade face à perda do emprego", devido a uma insuficiente mobilização de recursos próprios, poupanças escassas e maior dificuldade em simplificar os padrões de consumo, além de uma fraca capacidade de activar as redes informais de solidariedade.

Contactar as instituições financeiras para tentar renegociar as dívidas ou as associações de defesa do consumidor para organizar as finanças e constituir um aforro para enfrentar as emergências são algumas das orientações avançadas pela investigadora.

O estudo foi financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia.

12.04.2006

 

Data de introdução: 2006-04-12



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...