A CGTP e a UGT consideraram que os dados sobre o desemprego divulgados, que apontam para uma diminuição em termos mensais e homólogos, não permitem tirar conclusões concretas quanto à tendência do desemprego.
Para a CGTP, estes dados não permitem concluir se existe sustentabilidade ou não da descida do desemprego, cujo aumento se vinha verificando desde Março de 2002.
A UGT, embora considere positiva a evolução registada, também manifestou, num comunicado, as mesmas reticências.
As duas centrais sindicais salientaram, nomeadamente, o crescimento verificado no desemprego feminino, em termos homólogos. Lembraram ainda que o número de desempregados inscritos ao longo de Março nos centros de emprego aumentou 18,9 por cento em termos mensais e 10,2 por cento em termos homólogos.
Analisando a evolução do desemprego desde 2004, a UGT considera que a redução do desemprego que se tem verificado anualmente em Março/Abril, prolongando-se até Julho/Agosto, se deve à intensificação de algumas actividades de carácter sazonal -
agricultura, turismo e construção.
Para esta central sindical, as perspectivas não são animadoras dado que "o nível de crescimento económico actual é insuficiente para criar novos empregos e para combater o desemprego".
No comunicado, a CGTP defende que a evolução do emprego e "a consequente diminuição do desemprego dependem, essencialmente, de um crescimento económico sustentado e criador de mais e melhor emprego". "Dos últimos dados disponíveis não se pode concluir estarmos já numa situação de recuperação sustentada da actividade económica", diz a CGTP.
18.04.2006
Data de introdução: 2006-04-18