O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, apelou às Nações Unidas para enviarem forças de paz para o Líbano e manifestou muita preocupação face à situaçäo dos refugiados naquele país. "O diálogo é a única solução estratégica para o problema no Médio Oriente, mas enquanto isso não acontece, as Nações Unidas podiam mandar forças de paz para minimizarem a violência que se instalou", disse Eugénio Fonseca.
O responsável espera ainda que as "Nações Unidas tomem medidas urgentes, porque no fim as vítimas säo sempre os civis". Eugénio Fonseca sublinhou que a Cáritas Portuguesa está a acompanhar a situação no Médio Oriente com "muita preocupação" e que irá canalizar todo o apoio necessário através da Cáritas Internacional. "Estamos muito preocupados, sobretudo com a questäo dos refugiados. Os civis säo as vítimas dos interesses políticos", afirmou. De acordo com relatos feitos pela Cáritas do Líbano, há casas que estão a ser totalmente destruídas pelos bombardeamentos e as pessoas estão desesperadas, indicou o responsável. A Cáritas Portuguesa enviou já uma mensagem à Cáritas libanesa, de solidariedade e coragem aos que lutam em favor dos desfavorecidos.
Entretanto, o Conselho Português para a Paz e Cooperação condenou já os "bombardeamentos constantes e diários" sobre o Líbano e convocou uma concentração em frente à embaixada de Israel em Portugal, para a próxima quarta-feira, para "exigir o fim dos ataques e uma paz justa no Médio Oriente".
Aquela organização acusa ainda os Estados Unidos, com a cumplicidade da União Europeia, incluindo a do Governo português, de darem cobertura aos ataques. "Os bombardeamentos já causaram centenas de mortos e a destruição de importantes infra-estruturas vitais daquele país",
afirma aquela organização em comunicado. Para o Conselho Português para a Paz e Cooperação, "nada justifica estas acções bélicas contra um país que praticamente nem exército tem".
Nesse sentido, apela à ONU para intervir no conflito e a todos os portugueses para que se solidarizem com o povo libanês. Aquela organização pede ainda aos portugueses para exigirem do Governo uma posição de condenaçäo da guerra e uma política que conduza à paz na região.
24.07.2006
Data de introdução: 2006-07-25