A mortalidade causada pelo tabaco aumentará mais de 53 por cento no mundo até 2030, com 8,3 milhões de óbitos, contra 5,4 milhões em 2005, prevê um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 2030 mais pessoas sobreviverão a doenças infantis e viverão mais tempo, mas a proporção dos que morrerão de cancro, doenças cardiovasculares, diabetes e outras afecções crónicas aumentará em 70 por cento, refere ainda esta actualização de projecções feitas pela OMS em 2002.
O tabaco poderá matar 50 por cento mais pessoas do que a SIDA daqui até 2015 e ser nesse ano responsável por 10 por cento de todas os óbitos anuais no planeta, assinala este estudo publicado na revista norte-americana Public Library of Science Medicine (PLoS Medicine), e centrado nas dez principais causas de mortalidade e incapacidade até 2015 e 2030 no mundo.
O número de mortes devidas ao tabagismo deverá duplicar para 6,8 milhões em 2030 nos países com baixos e médios rendimentos, mas diminuir 9 por cento no mesmo período nos países ricos, onde o tabaco matará 1,5 milhões de pessoas.
A OMS acusa a indústria tabaqueira de visar como alvo a juventude dos países mais pobres para compensar a sua baixa de vendas no mundo industrializado.
A epidemia de SIDA vai tornar-se até 2015 a principal causa de incapacidade nos países de baixos e médios rendimentos e a sua primeira causa de mortalidade.
O número de mortes causadas pela SIDA deverá passar de 2,8 milhões em 2002 para 4,3 milhões em 2015, e para 6,5 milhões em 2030, refere esta projecção baseada na hipótese de que 80% das pessoas infectadas pelo vírus terão acesso aos anti-retrovirais em 2012.
A depressão e as doenças cardiovasculares serão, depois da SIDA, as outras duas principais causas de incapacidade dentro de dez anos, segundo este cenário descrito pela OMS.
O2.12.2006
Data de introdução: 2006-11-29