Termina a 28 de Setembro o concurso para acções de formação parental, do serviço de Saúde e Desenvolvimento da Fundação Gulbenkian, cujas propostas se destinem aos concelhos de Lisboa, Loures, Sintra e Setúbal. Após o projecto-piloto desenvolvido com a "Passo e Passo", a ideia é financiar projectos idênticos para famílias em risco.
"Os factores de risco são sinalizados - por hospitais, escolas, vizinhança, etc. -, apresentam-se os casos à Comissão ou ao Tribunal, as crianças são institucionalizadas e só aí se avalia se voltam à família ou não. Isto leva no mínimo um ano, o que é demasiado tempo", realça a directora da Associação, Fátima Schrek. "Por outro lado percebemos que há famílias com recursos, mas que sozinhas não conseguem ter a criança", adianta.
A receptividade traduz-se nos mais de 90% de adesão das famílias. Mais de metade das quais são monoparentais femininas e imigrantes, cujos companheiros são "população flutuante".
O apoio consiste em ajudar a pagar os livros escolares, a aviar receitas médicas ou a arranjar uma vaga num curso de formação, mas também a lidar com os outros elementos do agregado.
"Muitas vezes, o trabalho da 'Passo e Passo' é reencaminhar os casos, quando se trata de uma questão de legalização ou de toxicodependência, por exemplo", explica Luísa Vale, directora-adjunta do serviço de Saúde.
Por isso, os projectos que Ana Salgueiro (coordenadora deste concurso) espera analisar devem oferecer o préstimo de serviços de apoio em rede, com parcerias locais.
17.09.2007 Fonte: Jornal de Notícias
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