O presidente do Instituto de Segurança Social considerou, esta terça-feira, que o estudo da Deco sobre as condições em 28 lares não representa um bom serviço, uma vez que pode alarmar os milhares de pessoas que vivem em lares de idosos e as respectivas famílias.
A Associação para a Defesa do Consumidor (Deco) divulgou um estudo sobre lares de idosos, reclamando o encerramento de quatro instituições em Lisboa por razões de segurança (os lares da Mansão de Santa Maria da Marvila, da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, da Associação Serviço Social ASAS e da Confraria S. Vicente de Paulo).
«A consciência da necessidade de melhorar nós temos. Agora isto tem de ser feito com respeito pelas pessoas que estão nos lares, pelas instituições e pelos familiares», começou por dizer o presidente do Instituto de Segurança Social, num comentário ao estudo da Deco.
As instituições de solidariedade social «fazem um trabalho excepcional muitas vezes em condições difíceis, mas é nesse sentido que estamos a trabalhar» e daí ter sido feito, nos últimos anos, um investimento «de uma dimensão sem paralelo», com vista a requalificar os lares, acrescentou.
Edmundo Martinho fez ainda questão de «tranquilizar as pessoas», frisando que a resposta das instituições de solidariedade social em Portugal «é globalmente muito qualificada e de grande qualidade».
Ainda assim, o responsável do Instituto de Segurança Social garantiu que vai estar atento aos resultados do estudo da Deco e lembrou que, em 2007, foram encerrados mais de 70 lares em todo o país.
Confrontado com o facto de o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade ter dito que os lares nem sempre conseguem cumprir as exigências porque a alteração de regras é muito frequente, não existindo dinheiro suficiente para responder a essas alterações, Edmundo Martinho disse que o problema da falta de verbas não é a questão mais importante no caso dos lares com menos condições.
Fonte: TSF
Data de introdução: 2009-01-28