REVISTA DE IMPRENSA

Igreja cria rede para matar a fome a quem precisa

O cardeal Patriarca de Lisboa incitou ontem os padres e responsáveis pelos cerca de 150 centros sociais das paróquias de Lisboa para que estejam atentos aos sinais de dificuldades, "para que não haja ninguém a passar mal e não demos por isso".

O apelo de D. José Policarpo foi feito durante um encontro que juntou, no centro de espiritualidade do Turcifal, em Torres Vedras, cerca de 280 pessoas, entre padres e leigos das paróquias da diocese de Lisboa, a quem apresentou o projecto "Igreja Solidária". Uma iniciativa do Departamento da Pastoral Sócio Caritativa do Patriarcado de Lisboa, em articulação com a Cáritas Diocesana e com o Banco Alimentar contra a Fome, que pretende pôr todas as paróquias a trabalhar em rede para acudir às dificuldades que estão a surgir devido à crise.

D. José Policarpo admitiu que "não há nada de novo" neste projecto e explicou que está em causa "potenciar e reorganizar a resposta habitual da Igreja" para acudir a uma "circunstância concreta e nova que está a acontecer na nossa sociedade". O cardeal está particularmente preocupado com a pobreza envergonhada e com as pessoas que estão a perder o emprego e não conseguem respeitar os seus compromissos financeiros, como o pagamento das casas aos bancos ou a escola dos filhos.

"Não vamos ter solução para esses casos todos, mas podemos ajudar as pessoas a encontrar as soluções onde elas estão", disse Policarpo, explicando que "a Igreja deve estar em diálogo com outras soluções organizadas, dentro e fora da Igreja". O projecto prevê que os casos identificados pelas paróquias sejam sinalizados para a Cáritas - através do preenchimento de um formulário que será enviado por e-mail - a quem competirá encontrar a melhor resposta para cada problema. Além de disponibilizar comida e roupa (em breve abrirá uma loja social em Carnide, Lisboa), o projecto admite apoios financeiros a quem não consegue, por exemplo, pagar a casa ou os medicamentos.

Para já, segundo o cónego Francisco Crespo, já foram angariados cerca de 175 mil euros (junto da banca e de várias empresas) mas o responsável pela pastoral apela à generosidade dos portugueses para que colaborem neste fundo (o NIB da conta criada para o efeito é 0007 0000 0073 8184 5512 3).

Fonte: Jornal de Notícias

 

Data de introdução: 2009-04-20



















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