A crise económica internacional já criou mais 50 milhões de pobres, sobretudo entre mulheres e crianças, estimam o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. Pelo caminho ficaram os objectivos de reduzir a pobreza em 2015. Esta estimativa vem num comunicado conjunto ontem divulgado após a reunião em Washington de dirigentes destas duas instituições.
A crise internacional está a transformar-se em “catástrofe humana e num desastre nos países em desenvolvimento. E esse fenómenos poderão acentuar-se-á ainda mais. “A economia mundial deteriorou-se consideravelmente desde a nossa última reunião”, continua o comunicado. “Esta evolução tem consequências particularmente graves nos países em desenvolvimento, onde a crise financeira e económica se transforma em catástrofe humana e num desastre no plano do desenvolvimento”, refere o mesmo documento.
"Nós devemos atenuar o seu impacto nos países em desenvolvimento e facilitar a contribuição destes para a retoma mundial", afirmam.
Em conferência de imprensa à saída da reunião, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, mostrou-se reticente em relação ao cumprimento dos oito objectivos do milénio, aprovados pelos líderes do mundo em 2000 para reduzir a pobreza em 2015, e que incluem o retrocesso das grandes pandemias, da mortalidade infantil e do analfabetismo, bem como a igualdade dos sexos, a melhoria da saúde materna e a protecção do ambiente.
Os chefes de Estado e de Governo do G20, que agrupa os países mais industrializados e os emergentes, comprometeram-se, no passado 2 de Abril em Londres, a aumentar os recursos das instituições financeiras internacionais em mais de 1100 milhões de dólares, para fazer face aos efeitos da crise económica.
Fonte: Público
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