OPINIÃO

Pai Natal no Verão

Bem diz o povo que “isto já não é o que era” !
Então, não é que, entre outras muitas coisas, até o pai Natal nos apareceu fora de época, em pleno Verão, de sacola aos ombros, a oferecer promessas eleitorais para todos os gostos?

Muitos políticos da nossa praça terão mesmo consciência do que andam a prometer em campanhas eleitorais?
Como é que, por exemplo, com um Estado falido e endividado, muitos os políticos teimam em continuar a comprometê-lo com compromissos que sabem que ele não pode assumir?

O conceito de um ESTADO SOCIAL, que nestas eleições vai ser um troféu de campanha eleitoral, não pode ser desvirtuado e usado como “isca” com marca de esquerda!

Seria muito mais sério falar no compromisso que quem se candidata a governar o País se propõe assumir no sentido de garantir os “direitos sociais” que a Constituição de República consagra. O nome pomposo de ESTADO SOCIAL nem sempre incorpora a consciência de que o centro da cidadania são as PESSOAS e FAMÍLIAS CONCRETAS e não ESTADO.

Quando hoje muita gente insiste na necessidade de clarificar quais as funções que o ESTADO deve desempenhar e aquelas deve abandonar para que sejam os próprios cidadãos, em nome de uma CIDADANIA PARTICIPATIVA, a organizar-se para, nas suas próprias COMUNIDADES encontram as soluções mais adequadas para ganhar honestamente o seu pão, garantir padrões de bem-estar social para si, para as suas famílias e para as suas comunidades…convém tomar consciência de que este debate é da maior oportunidade e urgência!

Um Estado que deve dinheiro a toda a gente, que é exigente no pagamento dos impostos dos cidadãos e se esquece de pagar a tempo e horas a Empresas e Instituições que, por via desses atrasos, passam meses de angústia para assumir compromissos junto dos seus trabalhadores para lhes garantir o emprego…não tem autoridade moral para se proclamar como um ESTADO SOCIAL.

Felizmente parece haver indícios de que o bom povo nas próximas eleições irá mostrar aos vários “candidatos a eleições” (legislativas e autárquicas) que os seus “discursos à Pai Natal” passaram de moda. É de prever um resultado eleitoral que obrigará a chamada “classe política” a trabalhar mais e melhor, terá de se entender entre si, através de acordos parlamentares, e de se habituar a ser muito mais escrutinada pela opinião pública que começa a abrir mais os olhos e a não querer passar cheques em branco para que maiorias absolutas levem o País para onde ele não quer ir!

Padre José Maia

 

Data de introdução: 2009-08-10



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...