Especialistas em Alzheimer vão alertar hoje, quinta-feira, os decisores políticos e a população para a necessidade urgente de um plano nacional para as demências, que permita um maior apoio aos doentes.
O director-executivo da Associação Alzheimer Portugal alerta ainda que, em 2020, a demência poderá afectar o dobro dos actuais 153 mil doentes.
O alerta vai ser lançado na conferência "Doença de Alzheimer: Que políticas?", organizada pela Associação Alzheimer Portugal, que decorre hoje e amanhã, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. "A conferência visa sensibilizar a população em geral, os decisores políticos, os decisores sociais e económicos e a comunicação social para a necessidade urgente de uma política nacional para a demência", disse o director executivo da Alzheimer.
António Oliveira Costa explicou que, à semelhança do que acontece em vários países europeus, onde já existem planos, é também necessário em Portugal, "um país com índices de envelhecimento já preocupantes". "Tendo em conta que a idade é o maior factor de risco, Portugal tem de começar a preparar-se para esta problemática", defendeu.
Segundo Oliveira Costa, existem 153 mil pessoas com demência em Portugal, havendo previsões que possam duplicar até 2020, uma situação com "consequências sociais e económicas muito fortes para as próximas gerações".
Para o director executivo, esta é a "altura certa" para criar o plano: "Se esperarmos dez anos vai ser mais complicado lidar com uma realidade de 300 mil pessoas com demência".
Fonte: Jornal de Notícias
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