AÇORES

Feira de solidariedade na baixa de Ponta Delgada

O largo das Portas da Cidade de Ponta Delgada está parcialmente ocupado até domingo por uma tenda que receberá donativos destinados a famílias carenciadas. A "I Feira de Solidariedade", promovida por aquela associação de desenvolvimento local com apoio do município local, tende à constituição de um "stock" de alimentos, roupas, material escolar, electrodomésticos e outros bens essenciais que possa ajudar a suprir faltas de agregados familiares em dificuldades.

"Há um conjunto de famílias com necessidade específicas e com as quais temos de ser solidários", afirmou o presidente da "Norte Crescente", ao justificar a iniciativa. Mário Miranda admitiu, em declarações à Lusa, que o actual cenário de crise económica constitui uma motivação suplementar para a feira, cuja organização se integra nas comemorações do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

Segundo o responsável, a "Norte Crescente" acompanha cerca de 40 famílias carenciadas no concelho e os bens recolhidos ao longo da semana serão distribuídos depois de uma "identificação concreta" das necessidades associadas a cada caso.

A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, justificou o apoio da autarquia à feira com a importância de "trazer ao centro da cidade" a "grande preocupação que existe em ser-se solidário".

"Somos uma cidade, um concelho solidário. Nesta altura de crise é essencial apoiarmos quem mais precisa. É nestas alturas de crise que situações que supostamente estariam resolvidas vêm ao de cima", alegou a autarca, que decidiu incluir a iniciativa no programa de comemorativo dos 464 anos da cidade.

Para Berta Cabral, com a feira pretende-se "multiplicar os bens recebidos" para se poder "ajudar mais famílias em situação de carência devido, sobretudo, à pobreza e ao desemprego". Na abertura da iniciativa, a autarca insistiu, ainda, na necessidade de se garantir "uma fiscalização eficaz" na atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI) de forma a que deste apoio não fique excluído "quem realmente precisa".

Berta Cabral defendeu, também, a "exigência de contrapartidas às famílias que recebem RSI", alegando que "este subsídio não pode, nem deve, ser encarado como uma forma de vida". "As famílias que recebem RSI têm de contribuir para a sociedade onde estão inseridas", considerou, indicando que os Açores registam a maior taxa de cobertura de RSI no país: 8,6 %.

Fonte: Jornal de Notícias

 

Data de introdução: 2010-04-06



















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