Catorze jovens portugueses, recém-licenciados, colaboram no projecto de voluntariado “Inov Moz Solidário”, que tem como fim ajudar 160 crianças da Macia, uma localidade situada a cerca de 200 quilómetros de Maputo, capital de Moçambique.
Engenheiros, arquitectos, gestores: eis o perfil profissional dos jovens envolvidos, cujas idades se situam entre 24 e 30 anos. Todos estão a estagiar em empresas sediadas na capital moçambicana
A população de Macia, onde se desenvolve o projecto, vive da agricultura. O principal interlocutor na recepção da ajuda é o pastor anglicano Campira. Roupa, sapatos, material e equipamento escolar vão chegando, graças a donativos que os portugueses fazem chegar à vila.
O projecto de voluntariado tem especial significado pelo facto de ser protagonizado e gerido pelo proprio grupo, sendo que alguns dos seus membros estão abrangidos pelo programa de estágios Inov Contacto. O "Inov Moz Solidário" arrancou em 2009, quando três estagiários organizaram uma angariação de fundos, canalizados para ajuda às crianças moçambicanas necessitadas.
A segunda edição da iniciativa ocorreu no início do ano, quando Inês Silva regressou, três anos depois, a Moçambique. "Decidi de imediato prolongar a minha ligação a Macia", contou a jovem ao JN, revelando que já tinha prestado apoio à população da vila em 2006.
Ciente das dificuldades, agravadas pela distância entre Maputo e Macia, Inês contactou com a colaboração de amigos. "A causa foi abraçada com muita força" e o projecto cresceu, ganhando "uma dinâmica pouco vista", segundo a jovem portuense, que aos voluntários deixa um elogio: "São excepcionais".
Os contactos com familiares e amigos, através de email e redes sociais, permitiu recolher fundos para aquisição de material escolar e sapatos para 160 crianças, a maioria órfãs. Uma ajuda a crianças "lindas, vivas, simpáticas e engraçadas" que enche Inês Silva de felicidade.
Baseada no ditado popular “todos são poucos”, Inês lança o apelo: “Quem quiser ajudar, é bem- vindo”, mesmo que o faça apenas através da divulgação do projecto em Portugal. É sempre possível “fazer a diferença”, diz, e “dar àquelas crianças desprotegidas o que é muito importante para elas, bens essenciais para poderem viver”.
Fonte: Jornal de Notícias
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