World Bike Tour levou 7500 pessoas a pedalarem durante 12 quilómetros para se associarem à luta contra a toxicodependência. Organização adianta que foram distribuídas 100 mil bicicletas em quatro anos. O objectivo em 2011 é aumentar a participação de cidadãos com deficiência.
Mil pessoas para preparar o evento, 35 camiões carregados com bicicletas e 40 autocarros da STCP para transportar os 7500 participantes até ao início da corrida, na Ponte da Arrábida, são os números da quarta edição do World Bike Tour, que se realizou num percurso de 12 quilómetros, entre Gaia, Porto e Matosinhos.
Os primeiros participantes cortaram a meta uma hora depois da saída da Arrábida. A maior parte, contudo, precisou de cerca de duas horas para percorrer um trajecto que valia essencialmente pela “beleza da paisagem”.
O vice-presidente da Câmara de Matosinhos foi dos primeiros a chegar. “É um dos eventos mais atractivos da Área Metropolitana do Porto”, considera Nuno Oliveira, enquanto recupera um pouco o fôlego.
Apesar do entusiasmo, o autarca socialista confessa que só anda de bicicleta “duas a três vezes por ano”. Já o vereador matosinhense José Guilherme Aguiar apresenta-se como um “corredor de fundo”. “Por isso, venho sempre no pelotão da frente”, sublinha, garantindo que até anda de bicicleta “duas vezes por semana”.
Por sua vez, o presidente da Autarquia que recebeu a meta da corrida confessa que não é um grande adepto da bicicleta. “Pratico poucas vezes outras formas de exercício físico, só quando posso”, acrescenta Guilherme Pinto, garantindo que isso não faz esmorecer a aposta do Município em criar ciclovias.
Segundo Nuno Oliveira, Matosinhos possui cerca de 10 quilómetros de ciclovias. “O objectivo é ter o dobro até ao final do mandato”, adianta.
Correia Pinto foi outro vereador de Matosinhos que pedalou pela luta contra a toxicodependência. Na meta, à espera, ficaram Guilherme Pinto e o vereador Fernando Rocha. A partida, porém, não contou com a presença do presidente da Câmara do Porto.
“Rui Rio nunca participou nas nossas edições”, confirma, ao JN, o director de comunicação de uma iniciativa organizada em conjunto entre o Instituto da Droga e da Toxicodependência e o grupo SPORTIS.
Carlos Moutinho desvaloriza, porém, o que a Câmara do Porto admite ser um protesto pelo fim do programa Porto Feliz. “O elenco camarário está representado, assim como o Porto Lazer”, revela, referindo-se aos vereadores Gonçalo Gonçalves e Matilde Alves.
Entre os ciclistas, no entanto, encontra-se um ex-presidente da Autarquia portuense. Nuno Cardoso pedalou os 12 quilómetros com toda a família. “Vim com a minha mulher e os meus filhos porque o tema da iniciativa é muito importante: sensibilizar as pessoas para as dependências das drogas. São um drama que dá cabo de muitas vidas”, refere.
Para a organização, todavia, o destaque vai para a participação de 10 cidadãos cegos e outros 10 com deficiências motoras. Aliás, o objectivo de um evento que, em quatro anos já distribuiu 100 mil bicicletas, é aumentar a participação de pessoas com deficiência.
Fonte: Jornal de Notícias
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