Ignorar o cancro da mama é ignorar aqueles de quem gosta" é a mensagem-chave desta campanha de sensibilização, intitulada "Tempo de Viver" e que tem dois públicos-alvo: as mulheres mais jovens e as mais velhas.
Segundo a LPCC, esta doença não afecta apenas a vida de uma mulher, mas a de todos os que a rodeiam, pelo que faz o seguinte apelo: "Por si, mas também por eles, visite regularmente o seu médico e faça a mamografia ou compareça ao rastreio. Porque o diagnóstico precoce pode salvar-lhe a vida". Com esta campanha, a LPCC quer "acabar com a inércia na ida ao médico e alertar para a realização de mamografias com um intervalo de tempo regular (habitualmente de dois em dois anos), que funcionam como diagnóstico precoce".
Esta atitude pode "reduzir os números negativos, associados a mortes e mastectomias", explica Carlos de Oliveira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro. De acordo com a LPCC, a campanha também procura estimular as mulheres com mais de 45 anos em participarem no rastreio do cancro da mama, quando são convocadas.
A LPCC, fundada em 1941, é responsável por este rastreio em Portugal Continental, com excepção do Algarve, que é da responsabilidade de uma associação local. Todos os anos são detectados cerca de 4500 casos de cancro da mama em Portugal e 1500 mulheres morrem por ano com esta doença.
O cancro da mama representa 23 por cento dos casos de cancro que afectam a mulher, sendo a primeira causa de morte das mulheres entre os 35 e os 55 anos e a segunda causa de morte entre as mulheres de todas as idades. Calcula-se que uma em cada dez mulheres irá desenvolver cancro da mama, segundo também a LPCC.
Fonte: Público
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