FLAGELO DO DESEMPREGO

General Motors quer cortar 12.000 postos de trabalho na Europa

A General Motors Europe anunciou a intenção de reduzir o seu custo estrutural anual numa verba estimada de 500 milhões de euros (600 milhões de dólares) em 2006. O plano implica uma redução até 12.000 postos de trabalho durante os próximos dois anos.

Segundo comunicado do construtor automóvel, mais de 90% dessa redução ocorrerá em 2005, sendo que a companhia vai iniciar de imediato consultas e negociações sobre este plano com os representantes dos trabalhadores.
O cenário inicial do plano aponta para que a maior parte da redução de postos de trabalho ocorra na Alemanha, com especial ênfase nas operações de Produção e de Engenharia. Cerca de mil efectivos pertencem a operações a transferir para fornecedores externos.

Apesar destes cortes, a companhia confirmou ainda a manutenção do programa de lançamentos de produção para 2005: novos modelos Opel/Vauxhall Astra GTC, o monovolume Zafira e o Saab Sport Hatch. Para além destes, foram também confirmados os lançamentos de um novo modelo SUV (Sport Utility Vehicle) Opel/Vauxhall, da próxima geração Corsa e de um novo roadster de dois lugares em 2006.

Relativamente aos gastos, a companhia está a rever as prioridades, a eficiência e o seu impacto no cliente, estando, neste momento, em análise a eficiência das compras de espaço publicitário, ao mesmo tempo que já foi decidido o fim da participação no Campeonato Alermão de Turismos (DTM), uma vez concluída a época de 2005.

O plano prevê também a reestruturação das operações de armazenagem de peças e acessórios e reduções significativas em áreas administrativas. 

PORTUGAL DE FORA

Portugal é um dos países a salvo da decisão da General Motors Europe de acabar com 12.000 postos de trabalho durante os próximos dois anos. A garantia foi dada ao Diário Digital pelo director de comunicação da General Motors Portugal, Miguel Tomé.

«Graças às medidas que temos vindo a implementar, e que temos de continuar, através das quais temos vindo a aumentar a nossa competitividade, Portugal não vai fazer parte do lote de países que serão afectados pelas medidas agora anunciadas», explicou Miguel Tomé, manifestando assim uma certeza «no curto prazo».



 

Data de introdução: 2004-10-21



















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