O cenário, descreve a organização sedeada em Washington, é mais grave nos países em desenvolvimento, onde as populações são mais vulneráveis a estas oscilações de preços porque cativam mais de metade do seu rendimento para a compra de alimentos. Por isso, defende o Banco Mundial, é necessária uma intervenção política urgente, capaz de “acalmar” os mercados onde se transaccionam as matérias-primas que servem de base à alimentação humana.
O Banco Mundial assinala que, desde Outubro de 2010 para Janeiro deste ano, o índice da organização para o preço dos alimentos disparou 15 por cento. Está apenas a três ponto do pico atingido em 2008. Nessa altura, porém, os impactos da subida foram amortecidos por colheitas substanciais de cereais no continente africano, onde a prevalência da fome é mais insistente.
No ano passado, os preços do trigo registaram aumentos de quase 50 por cento em Chicago, a mais importante bolsa de transacção de commodities em todo o mundo. Esta escalada teve na base as baixas colheitas do cereal na Rússia e na Argentina, devido à ocorrência de condições climatéricas adversas.
Apesar disso, no caso do arroz – fundamental na dieta de importantes manchas populacionais do planeta –, o Banco Mundial assinala que os contratos de futuros apontam no sentido de uma estabilização dos preços no primeirto trimestre de 2011. O preço também tem subido, mas está ainda 39 por cento abaixo do máxzimo histórico atingido em Abril de 2008.
“Os preços mundiais estão a evoluir para níveis perigosos e ameaçam dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
A organização considera que uma pessoa vive em situação de “pobreza extrema” quando tem menos de 1,25 dólares (0,93 euros) por dia para as suas despesas.
In Público
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