A Chama da Solidariedade navegou no Tejo

Veio a navegar pelo Tejo, desde Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco. Passou por Abrantes e pela Golegã com destino a Santarém. A Chama da Solidariedade voltou a unir centenas de pessoas à volta de um ideal comum. Durante três dias, percorreu a distância que separa os dois distritos, na passagem simbólica de um testemunho solidário que une as instituições particulares de solidariedade social. Este ano, a organização do percurso e a animação estiveram a cargo das Uniões Distritais de Santarém e Castelo Branco.

Eduardo Mourinha, presidente da UDIPSS de Santarém explicou que foram efectuadas várias reuniões concelhias com as instituições de solidariedade para que elas próprias organizassem as recepções. “A chama viajou através de diversas modalidades: bicicletas, motas, cavalos, a pé, de barco, com muita animação à sua passagem”, referiu ao Solidariedade o dirigente.

O formato deste ano foi mais reduzido, durou apenas três dias e contou com uma equipa de Bragança a acompanhar o facho. Simbolicamente, desceu o rio Tejo até às Mouriscas, no concelho de Abrantes e seguiu para a Golegã. Voltou ao Tejo em Alpiarça de onde saiu na Ribeira de Santarém.

“Houve uma preocupação de custos e de não onerar as instituições com despesa de dormidas e refeições das equipas, optamos inclusive por simplificar o transporte e não alugamos viaturas, tudo para reduzir custos”, explicou João Dias. O dirigente da CNIS defende que este é, provavelmente, o formato mais adequado, com percursos mais pequenos e passagens mais simbólicas. “A aposta deverá passar por ser cada vez menos de terreno, de quilómetros marchados e mais de pontos de participação, pois existe uma grande adesão em pequenos percursos”.

A chama teve a sua entrada triunfal no recinto da Festa da Solidariedade na noite de 20 de Maio, acompanhada por diversas instituições de solidariedade de Santarém. O Presidente da Câmara Municipal local recebeu o símbolo da solidariedade e disse estar “comovido” ao ver tanta gente a acompanhar a chama. “A chama representa, do ponto de vista simbólico, esta onda profunda que atravessa o país e que precisa sempre de ser revigorada, onde os valores da solidariedade, da fraternidade e do companheirismo são exaltados e reforçados”, afirmou Moita Flores.

Para o Presidente da CNIS todo este envolvimento da população prova que a solidariedade é de facto “uma chama bem viva” em Portugal. “Às vezes, há algumas tentativas de a apagar ou de a ofuscar, mas está bem viva e o povo português reconhece que há agentes, muito importantes, determinados e que se doam totalmente”, afirmou Lino Maia.


Testemunhos:

Tive muito orgulho em representar a minha terra, a Ribeira de Santarém. Transportei a Chama juntamente com o meu filho. Não tenho palavras, estou muito emocionada, achei este evento maravilhoso e espero que lhe dêem muita continuidade”. Ana Pereira

Estou contente e surpreendido pela multidão de pessoas, a boa organização, a participação. Estão aqui cerca de 400 pessoas. Foi com muita satisfação que vivi este momento, juntamente coim a minha instituição”. Padre Manuel Borges, Centro Social e Interparoquial de Santarém

Nunca tinha assistido e adorei. Fui mesmo até à margam do Tejo e vi sair a chama da água. É excepcional, a chama representa o amor, a amizade, a ajuda ao próximo e também a alegria”. Sofia Matos

 


 

Data de introdução: 2011-06-01



















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