Depois do Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho ter anunciado, na cerimónia de tomada de posse, que não iria nomear novos governadores civis, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, anunciou que o Governo decidiu não nomear directores adjuntos distritais da Segurança Social para poupar despesa e dar um sinal contra o "clientelismo". "Diz a lei que os centros distritais da Segurança Social têm um director e directores adjuntos. O Governo tomou a decisão de não nomear em cada distrito um director adjunto", declarou Paulo Portas, no encerramento do debate do Programa do Governo na Assembleia da República.
O ministro de Estado justificou esta decisão do Governo PSD/CDS-PP argumentando que os directores adjuntos da Segurança Social "não são indispensáveis havendo um director" e "emblematicamente são despesa que não prejudica ninguém poupar".
Paulo Portas acrescentou que, "do ponto de vista conceptual, há também aqui um sinal pragmático sobre a velha questão dos «jobs for the boys»", observando: "Como alguém diria, a maneira mais eficaz de terminar com a tentação dos «boys» é mesmo terminar com a profusão dos «jobs»".
Antes, na intervenção em nome do Governo, o presidente do CDS-PP avisou que iria anunciar uma decisão de "combate ao desperdício e ao despesismo, que são dois hábitos que a sociedade portuguesa não tolera mais", e que também tinha importância para "um outro debate, o do clientelismo".
Data de introdução: 2011-07-04