A Fundação ADFP, de Miranda do Corvo, anunciou que pretende fomentar um negócio de pastorícia na Serra da Lousã, para criar emprego para pessoas portadoras de deficiência, vítimas de exclusão social e desempregados de longa duração.
Jaime Ramos, presidente da instituição de solidariedade social, considera que "urge aproveitar alguns hectares de terreno em posse da Autoridade Florestal Nacional que continuam desperdiçados na Serra da Lousã, e que devem ser destinados ao aproveitamento da floresta numa lógica de uso múltiplo".
"A Fundação ADFP acredita que se podem desenvolver projectos no sector agrícola que criem emprego sustentável vocacionado para pessoas desempregadas e excluídas do mercado de trabalho", sublinha o responsável, lembrando, no entanto, que os projectos só poderão ser desenvolvidos se houver apoios ao investimento.
Em nota de imprensa, a instituição frisa que chegou a efectuar "vários contactos com o anterior Governo no sentido de encontrar formas de cooperação neste projecto, a começar pelo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural".
Salientando que o anterior Executivo tinha vontade de colocar desempregados nas florestas, a Fundação ADFP lembra que o presidente da Autoridade Florestal Nacional (AFN) ainda promoveu uma reunião com representantes da Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral e da Direcção Geral de Veterinária.
Nessa reunião, acrescenta, foi debatida a criação de uma área definida de cercado na Serra da Lousã para pastoreio, o estabelecimento de critérios zootécnicos para colocação de espécies, o aproveitamento dos produtos com base nesses critérios e a escolha de área para implementação do projecto.
Data de introdução: 2011-08-05