As instituições de solidariedade que foram recebidas pelo Presidente da República apelaram a um maior envolvimento nacional para que todos se empenhem e ajudem a superar a crise que afecta cada vez mais famílias. No final da audiência, o padre Lino Maia, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social considerou "muito positivo" o encontro com Cavaco Silva, adiantando que o presidente aproveitou a oportunidade para reafirmar que as instituições de solidariedade "são almofadas sociais que estão a minorar os efeitos da crise e as dificuldades".
A delegação de instituiçães defendeu, junto do Presidente, que seja promovido "um envolvimento nacional no sentido de todos estarmos cada vez mais conscientes de que a crise só será resolvida com o empenhamento de todos no bem comum". Lino Maia referiu ainda que Cavaco Silva quis saber qual a leitura que estas instituições faziam da situação social e as dificuldades que estavam a sentir na resposta que dão à crise."Tivemos oportunidade de explicar a nossa tentativa diária de responder para ajudar as famílias, e os portugueses a superar esta situação e para isso pedimos que todos se empenhem", adiantou Lino Maia.
Entretanto, no final do encontro Presidente da República enalteceu o "esforço extraordinário" desenvolvido pelas instituições de solidariedade social para responderem ao aumento significativo das solicitações, apesar da redução dos seus próprios recursos financeiros.
Numa nota divulgada no site da Presidência da República no final de uma reunião de trabalho do chefe de Estado com representantes das instituições de solidariedade social, é referido que o encontro teve como objetivo a recolha de informações sobre "a situaçäo social do país" e o papel desempenhado por aquelas organizações no apoio "às famílias e aos cidadãos mais carenciados e desprotegidos da sociedade portuguesa, no quadro da crise económica e financeira que Portugal atravessa". "O Presidente da República enalteceu o esforço extraordinário por elas desenvolvido no sentido de responderem ao aumento significativo das solicitações que lhes são dirigidas, não obstante a redução dos recursos financeiros que lhes são disponibilizados e as perspetivas de maior contenção com que estão confrontadas", lê-se na nota.
Na reunião de trabalho com o chefe de Estado estiveram presentes representantes da União das Misericórdias Portuguesas, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Cáritas Portuguesa, União das Mutualidades Portuguesas e Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
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