SAÚDE

A arte como método de tratamento complementar

A arte-terapia, método de tratamento complementar que ajuda o paciente a expressar os seus sentimentos através da arte, está a dar os primeiros passos em Portugal junto de crianças e adolescentes em risco, idosos e reclusos.

A arte-terapia é um método de tratamento psicológico que, através de mediadores artísticos, proporciona uma relação terapêutica particular, assente na interacção entre o sujeito (criador), o objecto de arte (criação) e o terapeuta (receptor).

A sua aplicação em crianças e adolescentes em risco, idosos ou com reclusos estará em análise no V Congresso Nacional de Arte-Terapia que decorre entre sexta-feira e domingo, em Lisboa.

A directora do serviço de saúde mental da Direcção Geral da Saúde, Maria João Heitor, faz parte da comissão de honra do congresso e explicou à Agência Lusa que a arte-terapia é um dos componentes que podem ser utilizados num plano terapêutico de reabilitação.

O método tem funcionado para facilitar a verbalização e a expressão de sentimentos de pessoas com dificuldades nesta área. A sua utilização ainda é reduzida em Portugal, embora já existam várias instituições de saúde públicas que recorrem a este método de tratamento psicológico complementar, que é essencialmente indicado como terapia na área da reabilitação psico-social.

Para Maria João Heitor, esta é uma "abordagem válida" que, contudo, deverá ser aplicada por profissionais com formação, de uma forma complementar e "não isoladamente".

A responsável anunciou que a arte-terapia deverá, inclusive, fazer parte do conjunto de abordagens diversificadas defendidas na rede de referenciação de psiquiatria e saúde mental.

Este tratamento tem sido dinamizado pela Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia (SPAT), organizadora do congresso que, este ano, coincide com o I Encontro Luso-Brasileiro de Arte-Terapia, que traz ao Parque das Nações, em Lisboa, vários especialistas brasileiros.

O tema deste congresso é "Arte e Exclusão - Fado nosso e dos outros" e pretende abordar questões da "exclusão social e afectiva".

"Estes assuntos são debatidos há varias décadas dos pontos de vista da psiquiatria e psicologia comunitária, transcultural, de reabilitação e reinserção social, bem como no âmbito da sociologia e assistência social", prossegue a SPAT.

 

Data de introdução: 2004-11-15



















editorial

REGIME JURÍDICO DO MAIOR ACOMPANHADO-Conclusões

Seis anos transcorridos sobre o novo regime jurídico do maior acompanhado e a mudança de paradigma que com ele se ambicionava, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade promoveu um colóquio que decorreu no...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Emudeceu-se a voz mais sonante e credível da fraternidade
Embora consciente de que “o Solidariedade” é um jornal isento de qualquer ideologia, de influências político-partidárias ou de qualquer proselitismo religioso,...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O apagão mal comunicado
O veredito dos cidadãos espanhóis e portugueses quanto à comunicação dos seus governos sobre o apagão é claramente negativo. Em Espanha, quase 60% dos...