Segundo o
Público de hoje, dia 22, não foi dada qualquer indicação, nem por parte do anterior ministro, Bagão Félix, nem por parte do actual responsável pela tutela, Fernando Negrão, para que a Segurança Social deixasse de enviar crianças para a Fundação Obra do Ardina, apesar das várias "deficiências", "irregularidades" e "indícios de factos com relevância criminal" apontados por um relatório de Novembro de 2003, da Inspecção-Geral da Segurança Social.
O Governo entendeu, nomeadamente, que as situações de nítida e repetida falta de higiene e de segurança nos lares da Obra do Ardina, bem como a falta de qualidade e a pouca quantidade da alimentação e as infracções financeiras evidenciadas, não seriam razões suficientes para desaconselhar a transferência de menores em risco para a instituição.
Não relevou ainda, para esse efeito, continua aquele diário, quer o facto de estarem a ser investigados alegados abusos sexuais envolvendo o presidente da Obra do Ardina, quer os "indícios de prática de crimes de burla, falsificação de documentos e participação económica em negócio" decorrentes da fiscalização da Segurança Social, que - como a inspecção do Ministério da Segurança Social precisou ontem ao Público - foram comunicados à PJ e ao Ministério Público no dia 9 de Janeiro de 2004.
Comparando esta situação com a da Casa do Gaiato, Guilherme Simões, assessor do ministro Fernando Negrão, limitou-se a sublinhar tratar-se de situações diferentes: "Na Casa do Gaiato existiam maus tratos", referiu.
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Data de introdução: 2004-12-31