AMADORA

Ceia para carenciados

AAssociação de Jovens Voluntários da Amadora (AJVA) realizou, segunda-feira à noite, na igreja matriz, uma ceia de Natal onde houve comida, presentes e cobertores para os sem-abrigo.

Cerca de 40 sem-abrigo estiveram presentes e depois do jantar cada pessoa levou consigo um saco com um cobertor e uma prenda (umas meias ou cuecas). Para as crianças houve brinquedos. Mesmo sem árvore de Natal, o importante foi o aconchego dado pelos voluntários «Isto é uma família para mim, aqui encontro-me com os meus amigos», explicava José Monteiro, um sem-abrigo.

A associação começou no início do mês a desenvolver uma campanha de angariação de bens na paróquia da Falagueira. «Todos os anos fazemos a campanha do cobertor e todos dão o que podem», adiantou, ao JN, Olga Albuquerque, voluntária. A Câmara contribuiu com parte da comida e uma carrinha para o transporte.

Na Amadora, «são poucos os sem-abrigo que dormem mesmo na rua, mas nós consideramos todos aqueles que não consigam satisfazer as necessidades básicas. Alguns vivem em barracas sem água e luz, em carros abandonados e ocupam casas», revelou Tânia Barnabé, presidente da AJVA.

Uma noite de festa, não só para os sem-abrigo, mas também para a associação, que comemora oito anos de existência. «Fazemos sempre a ceia de Natal no dia do aniversário da associação; quando todos se vão embora, os voluntários cantam os parabéns e apagam as velas», acrescentou a presidente.

Todas as segundas e quintas-feiras, a AJVA dá jantar aos sem-abrigo do concelho na sede da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Amadora (URPIA), na Venteira, com a ajuda dos voluntários e também de alguns reformados. Esta parceria desenvolve-se desde 2000, no entanto nem sempre foi assim. Tânia Barnabé e Ana Bé começaram por distribuir as refeições na estação da CP «Chegámos a ser identificadas pela polícia e convidadas a sair por acharem que estávamos a desenvolver um atentado contra o Centro Comercial Babilónia», lembra Tânia Barnabé.

Porém, aí a autarquia tomou conhecimento do trabalho dos voluntários e tem vindo a colaborar com a associação. Agora contribui, para além de comida, através do programa «Caminhos», que encaminha e reinsere sem-abrigo, toxicodependentes, mães adolescentes, portadores de doenças mentais e alcoólicos.

 

Data de introdução: 2004-12-28



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...