O governo dos EUA avisa que a exposição a baixos níveis de uma substância química utilizada na fabricação do teflon pode causar riscos para a saúde.
A Agência para a Protecção do Meio Ambiente (EPA) disse num relatório preliminar que o ácido perfluorooctano, um componente do teflon - material isolante muito resistente ao calor e à corrosão utilizado em utensílios de cozinha e produtos isolantes - pode causar efeitos nocivos nas pessoas.
O relatório sobre o ácido perfluorooctano, conhecido em inglês como PFOA, é baseado em estudos feitos entre animais e conclui que há algumas provas de que a substância provoca cancro nos ratos de laboratório.
No entanto, ainda não está claro se o PFOA tem o mesmo efeito nos seres humanos, afirma o estudo. Segundo um relatório preliminar, a substância provavelmente causa danos no fígado e também está presente no leite materno dos ratos que o ingeriram nos laboratórios.
Além disso, o PFOA teria potencial para elevar os níveis de colesterol e os triglicéridos no sangue. Esta possibilidade já havia sido levantada por um estudo divulgado pela multinacional química Dupont. A empresa, no entanto, ressaltou não ter encontrado provas de que a substância cause problemas para a saúde em geral.
A EPA esclareceu que o PFOA é utilizado no processo de fabricação do teflon, mas não no produto final. A agência oficial afirmou que se trata apenas de um relatório preliminar e, embora se preocupe com a possível ameaça do PFOA para a saúde humana, disse que "existem grandes incertezas sobre a avaliação quantitativa dos perigos" do produto.
Mas Lauren Sucher, porta-voz do Grupo de Trabalho para o Meio Ambiente, uma das várias organizações activistas em prol da protecção ambiental, criticou a EPA por estar a minimizar os perigos do PFOA.
Data de introdução: 2005-01-18