Quase um quarto dos concelhos do país correm o risco de "morte social" por apresentarem características muito rurais com altas taxas de analfabetismo e desemprego, revela um estudo do Ministério da Segurança Social divulgado pelo Público.
O estudo, encomendado pelo ministério da Segurança Social, Família e da Criança, chama-se "Tipificação das situações de exclusão em Portugal continental" e traça um mapa do país onde se distinguem seis grupos de concelhos que apresentam diferentes situações-tipo de inclusão/exclusão social.
O "tipo 1" apresenta os melhores níveis de inclusão, por exemplo baixas taxas de desemprego, e o "tipo 6", que de positivo pouco mais tem que uma taxa de criminalidade pequena, escreve o Público. É neste último tipo que se inclui quase um quarto dos concelhos portugueses (68), situados nas regiões de Trás-os-Montes, Dão-Lafões e Baixo Alentejo.
De acordo com o jornal, estes concelhos apresentam características muito rurais, como défice de infra-estruturas e um peso ainda relevante do trabalho agrícola. Os 68 concelhos apresentam uma taxa de analfabetismo de 17,26 por cento e a mais alta taxa de desemprego, que em 26 concelhos é de 10 por cento.
De acordo com os autores do estudo, ainda em fase de finalização mas que estará a partir de hoje disponível no site do ministério que o encomendou, este território, habitado por 7,8 por cento da população portuguesa, está "deprimido, empobrecido e desqualificado".
Em contraste, no "tipo 1" concentra-se 28,6 por cento da população do continente - distribuída por 84 concelhos maioritariamente situados na faixa litoral entre a área metropolitana de Lisboa e a do Porto a ainda várias capitais de distritos do interior como Évora e alguns casos isolados como Monchique.
Notícia no Público
http://www.seg-social.pt/
Data de introdução: 2005-01-30