O bispo emérito de Coimbra, D. João Alves, elogiou a figura de Irmã Lúcia, recordando a atenção que sempre deu ao mundo exterior ao Carmelo, onde estava recolhida. "A irmã Lúcia era uma pessoa de uma fé profunda, mas essa fé não a isolava dos problemas da realidade", afirmou o prelado, antecessor de D. José Policarpo como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). "Sempre aproveitava a pequena palestra ou conferência que fazia às irmãs para pôr as suas perguntas, e com alguma atenção, sobre aquilo que se passava no mundo", notou este responsável, que não se mostrou surpreendido com a morte da religiosa.
"A morte é sempre inesperada, mesmo quando nós calculamos que ela não tardará. Apesar de tudo, dada a idade da Irmã Lúcia, esperava-se que a morte mais aqui ou mais ali chegasse", afirmou o prelado. "Retenho a imagem de uma pessoa normalíssima, com uma boa disposição visível. Encontrei sempre na Irmã Lúcia uma pessoa simples, com gosto em dialogar, interessada pela vida mas ao mesmo tempo uma pessoa com uma fé muito simples mas profunda", acentuou.
Data de introdução: 2005-02-16