Apenas 32% dos homens portugueses gozaram licença de paternidade, um número ainda assim superior à média europeia de 20%, segundo um Eurobarómetro.
De acordo com um inquérito divulgado em Bruxelas pela Comissão Europeia, 32% dos homens portugueses gozaram licença de paternidade, e 22 % estão a pensar fazê-lo (20% na média comunitária), com 14% a rejeitarem terminantemente essa possibilidade.
O estudo indica ainda que 37% dos homens inquiridos usufruiu de licença de parentalidade, contra 26% dos europeus, e 20% ponderam fazê-lo, embora sejam as mulheres (67%) que mais o fazem.
Os homens portugueses surgem ainda em destaque entre aqueles que consideram que a opção de tirar licença por motivos familiares é mal vista pelos colegas, com 33% dos inquiridos a corroborar esta afirmação, uma percentagem que só é superada por Grécia (43%), Chipre (40%) e Bulgária (34%).
Dos portugueses, 61% defendem ainda que é mais fácil para a mulher gozar a licença parental, um número consideravelmente superior à média comunitária de 52%, enquanto 45% consideram que optar por esta opção tem um impacto negativo na carreira profissional (39% a nível da UE).
Apesar da renitência em usufruir da licença parental, 35% dos homens nacionais sentir-se-iam encorajados a ficar em casa com os seus filhos caso recebessem uma maior compensação financeira durante o período de licença, e 32% se tivessem mais garantias de que a sua carreira não sairia prejudicada.
Para este estudo, o Eurobarómetro entrevistou 26.582 homens com menos de 65 anos dos 28 países do bloco comunitário entre 26 de junho e 05 de julho, mil dos quais portugueses.
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